Arthur está deixando a cidade em segundo plano’, diz Chico Preto

Ao criticar a ausência do relatório mensal da intervenção financeira feita pela Prefeitura de Manaus no transporte coletivo e a piora do serviço desde o início de suas atividades, o vereador Chico Preto, afirmou da tribuna da Câmara Municipal de Manaus nesta segunda-feira (21), que o prefeito Arthur Neto (PSDB) deixou a gestão do município em segundo plano para tratar de questões pessoas, uma vez que seu enteado, Alejandro Valeiko, está preso por envolvimento na morte do engenheiro Flávio Rodrigues.

Segundo o parlamentar, o Executivo desrespeita tanto a CMM quanto a população ao não cumprir o que determina o parágrafo único do artigo 5º do Decreto 4.503/2019 (decreto de intervenção financeira no transporte coletivo), que prevê um relatório mensal das atividades desenvolvidas pelo interventor.

“Vai fazer 90 dias da intervenção e ninguém conhece o relatório da comissão interventora. É hora da Câmara enfrentar esse assunto. Nós aprovamos um requerimento para que o interventor viesse aqui e ele não foi cumprido. Não foi cumprido porque não há interesse da base do Prefeito em trazer o interventor aqui. Estão evitando discutir esse assunto e lá na Prefeitura o que impera é um silêncio cínico de uma administração que está perdida numa série de outros assunto e de um administrador que perdeu o foco da cidade. Enquanto o povo está na parada de ônibus esperando providências nós temos um prefeito preocupado em questões pessoais, em esclarecer condutas junto à Polícia. A cidade está ficando em segundo plano”, afirmou.

Chico Preto afirmou, ainda, que há relatos de diminuição da frota circulante de mil para pouco mais de 700 ônibus. “Há um constrangimento, uma insatisfação das pessoas de verem o transporte coletivo indo de mal a pior. A expectativa quando se viu o anúncio da intervenção era que o transporte coletivo fosse entrar nos trilhos, mas o que se viu até hoje foi a piora do sistema. Existe um problema muito grave de comunicação entre Prefeitura e empresários, e quem paga o pato é o cidadão que depende do transporte coletivo”, finalizou.

Foto: Alcides Netto