Dia Nacional de Combate às Drogas: projeto promove diálogo entre estudantes da rede estadual
“A prevenção e o diálogo têm sido a melhor saída para nós,
jovens”. A afirmação é do adolescente João Victor, 16, aluno da Escola Estadual
de Tempo Integral (Eeti) Maria Madalena Lima que integra o projeto “Nós por
Nós”. Desenvolvido na unidade de ensino desde 2019, o programa tem como
objetivo promover a interação e a promoção da saúde mental do corpo discente,
por meio de uma roda de conversa.
Nesta quinta-feira (20/02), Dia Nacional de Combate e Enfrentamento às Drogas,
o grupo voltou a se reunir para mais uma edição da iniciativa, a fim de debater
sobre a data e o recorrente tema entre jovens e adolescentes – inclusive, nas
unidades escolares. “Nós trouxemos aos nossos colegas
algumas informações sobre os tipos de drogas lícitas e ilícitas, e o quanto é
importante estar atento aos males causados por elas. Não só ao organismo, como
também à sociedade”, reitera João Victor.
O aluno da Eeti Maria Madalena Lima relata, ainda, que no próprio bairro (a
escola fica localizada no Armando Mendes) é possível visualizar a realidade que
envolve o uso e o comércio de entorpecentes. “Não é preciso ir muito longe, nós
convivemos com isso”, assinala o estudante. “Então, é muito importante que
possamos falar sobre isso, com o intuito de abrir a mente dos nossos colegas e
preveni-los de se envolverem com tais situações”.
Sobre o projeto – Idealizadora do “Nós por Nós”, a professora Taziana Ferraz
explica que a demanda surgiu após recorrentes relatos de jovens com depressão. “A ideia surgiu a partir dos primeiros
atendimentos de casos de alunos com pensamentos suicidas, baixa autoestima.
Todos os estudantes são convidados a participarem, no horário do almoço, mas
não existe uma obrigatoriedade, pois os deixamos livres para escolher entre as
demais atividades disponíveis para este momento”, enfatiza.
Taziana reforça, também, o quão importante é esta edição do projeto, visto que
o consumo de drogas e a saúde mental podem ser fatores de extrema relevância
aos jovens. “O fato de trazer este tema ao debate é
exatamente para que eles não fiquem alheios a essas informações e possam reagir
da melhor forma quando tiverem contato com as drogas. É importante ressaltar
que um adolescente usuário de entorpecentes é mais suscetível a apresentar
problemas de humor, ansiedade e transtornos de aprendizagem e comportamento.
Por isso, é essencial enfatizar a prevenção e o diálogo com estes alunos”,
destaca.
Atendimento – A estudante Sara Lima, 16, conta que foi uma das primeiras alunas
a serem atendidas na escola, devido a um problema relacionado à depressão. “Eu vinha de um histórico bem debilitado,
de automutilação e depressão. A partir da intervenção de uma professora, nós
pensamos em organizar esse grupo e, sem dúvida, posso dizer que ele me auxiliou
na minha recuperação. Tanto que, hoje, faço parte da equipe que organiza as
atividades, junto com os outros colegas”, finalizou.
FOTOS: Cleudilon Passarinho
 



 

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