Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) descarta casos suspeitos de coronavírus que estavam sob investigação no Amazonas
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Nas últimas 48 horas não houve registro de novos casos suspeitos
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A Fundação de Vigilância em Saúde do Amazonas (FVS-AM) descartou os quatro casos suspeitos do novo coronavírus (Covid-19) que ainda estavam sob investigação no Amazonas. Com isso, dos 15 casos investigados, apenas um foi confirmado desde que foram anunciados os primeiros casos suspeitos. Os outros 14 deram negativo, conforme os exames e, nas últimas 48 horas, não houve registro de novos casos suspeitos.
As informações foram repassadas ao governador Wilson Lima, em reunião realizada
nesta segunda-feira (16/03), na sede da Secretaria de Estado de Saúde (Susam),
que contou com a participação do secretário de Saúde Rodrigo Tobias e de sua
equipe técnica, além da diretora-presidente da FVS, Rosemary Costa Pinto.
Segundo a FVS, a paciente que testou positivo (uma mulher de 39 anos que fez
uma viagem recente para Londres) está recuperada e já saiu do período de
transmissibilidade da doença. Ela continua em isolamento domiciliar, mesmo não
representando mais risco de transmissão. Todas as pessoas que tiveram contato
com ela foram monitoradas e nenhuma testou positivo para o Covid-19.
O governador ressaltou que acompanha de perto tudo o que vem acontecendo em
relação o novo coronavírus e que as medidas de prevenção e contenção do surto
estão sendo tomadas conforme os protocolos preconizados pelo Ministério da
Saúde e Organização Mundial de Saúde (OMS). Ainda na sede da Susam, Wilson Lima
participou de reunião com diretores de unidades de urgência e emergência onde
se discutiam estratégias para prevenção e condução de casos.
“Estamos acompanhando tudo o que acontece nesse sentido. No fim de semana
estive reunido para tratar com a minha equipe da Secretaria de Saúde e da
Fundação de Vigilância em Saúde. Aqui no Amazonas só temos um caso. Os demais
casos suspeitos até agora foram descartados e, nas últimas 48 horas, não temos
nenhum novo caso suspeito de coronavírus no Estado do Amazonas. É claro que
amanhã pode ser uma outra situação. A gente espera que continue assim e que a
gente possa diminuir o máximo possível a possibilidade de que isso possa se
agravar”, afirmou Wilson Lima.
A diretora-presidente da FVS-AM, Rosemary Costa Pinto, confirmou que até o
momento não há a circulação do vírus no Estado de forma sustentada, o que
significa que não está transmitindo de pessoa para pessoa.
Outros vírus – A circulação de outros vírus respiratórios no Estado, desde
novembro, quando começa o período sazonal das síndromes gripais e da Síndrome
Respiratória Aguda Grave (Srag) é uma preocupação a mais, segundo Rosemary. Uma
corrida desenfreada aos prontos socorros, além de comprometer o sistema, pode
provocar infecção de pacientes por outros vírus em salas de espera, por
exemplo.
“A
partir de novembro, durante o período chuvoso, nós temos o aumento de gripes e
resfriados. Então, o fato da pessoa ter sintomas de coriza, febre baixa, mal
estar, dor de cabeça, dor de garganta, não significa que elas estão com o novo
coronavírus. Além disso, temos muitos vírus respiratórios circulando, influenza
A (H1N1), a influenza B, metapneumovírus, adenovírus, vírus sincicial
respiratório”.
No momento, segundo ela, o mais importante para a população é tomar os cuidados
básicos de prevenção. Paciente que tiver com sintomas gripais leves deve
permanecer em casa, descansando, se alimentando adequadamente e cuidando do seu
mal estar. “Caso o mal estar seja muito grande, se a pessoa tiver febre, se a
pessoa tiver dificuldade para respirar, então deve procurar uma unidade de
saúde. Ela vai ser avaliada por um médico, que vai definir qual a conduta, se
vai ser internada ou não”.
A orientação é para que as pessoas que tenham qualquer tipo de sintoma
respiratório evite contato com outras pessoas, além de aplicar medidas
adequadas de higiene, limpeza das mãos, lavagem com água e sabão, uso de álcool
em gel. “Se tiverem sintomáticas, com sintomas de gripe ou resfriado, que elas
usem uma máscara
se
precisarem entrar em contato com outras pessoas. Deve-se evitar aglomeração e
usar a etiqueta respiratória: ao tossir e espirrar, que isso não seja feito nas
mãos, mas que se use a curva do antebraço para espirrar ou tossir”, completou
Estrutura da rede – Sobre a
estrutura da rede pública de saúde, o secretário Rodrigo Tobias disse que em
termo de rede estadual, a quantidade de leitos disponíveis atende a necessidade
para o momento e, se for preciso, o plano de contingência prevê ampliação de
leitos. Dos 533 leitos de UTIs no Estado, 383 são da rede estadual, dos quais
50 estão no Hospital Delphina Aziz. Mas, conforme o secretário, há a possibilidade
de ampliação, tanto dos leitos de terapia intensiva quanto semi-intensiva no
Delphina Aziz, se houver necessidade. A unidade foi definido como hospital de
referência para casos graves de Covid-19 que precisem de internação.
Tobias ressalta que não há nenhum paciente internado por coronavírus na rede
estadual. A ideia é que se houver explosão de casos graves, os pacientes hoje
internados no Delphina Aziz serão transferidos para outras unidades, inclusive
da rede privada, deixando o hospital exclusivo para os casos graves de
Covid-19.
“Hoje,
nós podemos afirmar que a estrutura de saúde do Estado do Amazonas está
preparada para acomodar os casos confirmados de coronavírus. Hoje, nós só temos
um caso no Estado do Amazonas e esse caso está controlado, não há necessidade
então de fazer essa expansão. Mas o nosso Plano de Contingência Estadual nos
ampara a fazer essas modificações e fazer a expansão do número de leitos no
Estado a qualquer momento e conforme a necessidade”.
Fotos: Maurílio Rodrigues/Secom
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