Empresa alvo da CPI da Saúde fatura R$ 21 milhões no Amazonas - Opinião Manauara

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Empresa alvo da CPI da Saúde fatura R$ 21 milhões no Amazonas

 As polêmicas envolvendo a empresa não são novidades e ganharam holofotes em agosto de 2020, quando o proprietário da Prime falou sobre sua sociedade com o empresário Sérgio Chalub em CPI



Manaus – Empresa apontada por suspeita de irregularidades na gestão da Saúde do Amazonas durante investigação na CPI da Saúde da Assembleia Legislativa do Estado (ALE) já faturou, apenas neste ano, R$ 4,1 milhões em contratos com o Governo do Amazonas. Os dados são do Portal da Transparência do Estado.

Os dados são ainda maiores se considerados quanto a Prime Serviços, Conservação, Limpeza e Apoio Administrativo recebeu desde o início da gestão Wilson Lima: R$ 21,4 milhões nestes quase dois anos e meio do atual governo. O ano mais lucrativo foi 2020, quando a Prime recebeu pagamentos que totalizam R$ 9,589 milhões; em 2019, a empresa recebeu R$ 7,735 milhões.

A empresa tem contrato com Hospital de Isolamento Chapot Prevost; Maternidade Balbina Mestrinho; Hospital Geral Dr. Geraldo da Rocha; Secretaria de Estado de Saúde; Serviço de Pronto Atendimento e Hospital Dr. Aristóteles Platão Bezerra de Araújo; Instituto de Saúde da Criança do Amazonas; e Hospital e Pronto Socorro Dr. João Lúcio Pereira Machado.

Chama atenção os pagamentos que a Prime recebeu sem formalização de contrato. Levantamento da coluna do jornalista Alex Braga revela que a Prime presta serviços ao Hospital Francisca Mendes desde o ano passado, através de dispensa de licitação.

Somando os valores recebidos em 2020 e neste ano, “a empresa possui empenhado com o governo do Amazonas mais de R$ 3 milhões, deste montante, já recebeu em caixa mais de R$ 2,7 milhões”, de acordo com o colunista.

Comissão

As polêmicas envolvendo a empresa não são novidades e ganharam holofotes em agosto do ano passado, quando o proprietário da Prime, Rafael Silveira, ex-sócio do empresário Sérgio Chalub nas empresas Líder Serviços e Petro Serviços (atual Prime) falou sobre sua sociedade com o empresário Chalub.

Na época, o deputado estadual Wilker Barreto afirmou que a Prime Serviços é investigada por prestar serviço no governo com atestado de capacidade técnica falso.

No relatório final da CPI da ALE, a empresa Prime Serviços foi indiciada por improbidade administrativa.

No depoimento, o empresário afirmou desconhecer informações sobre alguns pontos da empresa e afirmar que seu ex-sócio, Sérgio Chalub, era quem assinava as documentações da empresa, Barreto afirmou que o desconhecimento de Rafael custou quase R$ 2,5 milhões ao Estado em transferências e movimentações suspeitas feitas pela empresa.

Durante oitiva, Rafael explicou que foi sócio da Petro Serviços (atual Prime) juntamente com Sérgio Chalub até 24 de junho de 2019, quando encerraram a parceria após divergências.

Depois desta data, o depoente mudou o nome da empresa para Prime Serviços e realizou análises de movimentações financeiras, quando constatou que Chalub movimentou, entre janeiro de 2018 a maio de 2019, R$ 2.431.707 milhões da conta da Petro, em retiradas de dinheiro em espécie e transferências para sua conta pessoal e para a Líder Serviços.




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