Wilson Lima desafia ministros do STJ, e diz que vai mostrar que provas colhidas pelo MPF e PF são frágeis
![]() |
Em resposta ao acolhimento, por unanimidade, da denúncia de crimes de peculato e formação de quadrilha, o governador do Amazonas diz que vai provar inocência |
A mensagem do governador Wilson Lima (PSC) distribuída à imprensa e postada nas ruas redes sociais, minutos após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolher, por unanimidade de votos, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR), pelos crimes de peculato e formação de quadrilha, é um desafio aos ministros da corte cidadã e ao órgão de fiscalização e da Polícia Federal.
Nas entrelinhas da sua resposta, o governador afirma que o conteúdo das denúncias, extraídas de operações da PF, em Manaus, e que baseou o relatório do ministro-relator do processo, Francisco Falcão, “é frágil” e que vai provar na Justiça. O trabalho do magistrado foi elogiado por todos os 12 ministros que votaram “sim” pelo acolhimento do pedido da PGR, numa sessão considerada histórica, e que durou mais de 10 horas.
Wilson Lima inicia a nota dizendo: “Sobre a decisão de hoje, afirmo: as acusações contra mim não têm fundamento e tampouco base concreta, como ficará provado no decorrer do julgamento”. Para o ministro Francisco Falcão, as provas são robustas contra o governador, considerado pelo magistrado como “o chefe da organização criminosa que desviou mais de R$ 3 milhões na compra de ventiladores pulmonares em uma loja de vinhos.
Na mensagem, Wilson diz também que: “Nunca recebi qualquer benefício em função de medidas que tomei como governador. A acusação é frágil e não apresenta nenhuma prova ou indício de que pratiquei qualquer ato irregular”. No relatório o ministro Falcão revela clara evidência do envolvimento do governador como “partícipe” no esquema, que envolve também o vice-governador Carlos Almeida e mais 12 pessoas.
Todas as provas (documentos, depoimentos, escutas telefônicas, quebra de sigilo fiscal e bancário) foram reunidas em quatro operações da Polícia Federal, e acolhidas pela PGR. Em três oportunidades, a PF realizou diligências na residência e no gabinete do governador Wilson Lima, no Palácio do Governo. Dos locais, encontraram, por exemplo, lista de outras empresas indicadas por Lima para aquisição de respiradores.
Mais adiante o governador finaliza: “Agora terei a oportunidade de apresentar minha defesa e aguardar, com muita tranquilidade, a minha absolvição pela Justiça. Tenho confiança na Justiça e a certeza de que minha inocência ficará provada ao final do processo”. Em todo o procedimento da denúncia, o governador teve a oportunidade de apresentar a sua defesa, mas não convenceu a PG1R, que manteve a denúncia no STJ.
Nenhum comentário