“Eu desmaiei. Caí e fui muito pisoteado”, diz DJ da Boate Kiss
Lucas Cauduro Peranzoni (foto em destaque), sobrevivente do incêndio na Boate Kiss, trabalhava como DJ na casa noturna. Ele foi uma das pessoas que prestaram depoimentos do segundo dia de julgamento de quatro réus do processo.
Diante do júri, em Porto Alegre (RS), contou, nessa quinta-feira (2), o terror que viveu no começo de 2013 em meio à tragédia que matou 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos no incêndio dentro do estabelecimento localizado em Santa Maria (RS).
“Eu desmaiei. Caí e fui muito pisoteado. Alguém me tirou de lá”, disse Lucas à promotora Lúcia Helena Callegari. Ele deu o relato aos prantos para explicar por que não ajudou outras pessoas que estavam em meio às chamas.
O engenheiro Emanuel Almeida Pastl, de 27 anos, disse nessa quinta-feira (2/12) que ficou com os olhos queimados devido ao incêndio.
“Quando eu saí, eu já estava com os olhos queimados. Então, na minha visibilidade, eu estava vendo fumaça em tudo que é lugar. Eu não consigo dizer o quanto eu vi de fumaça na rua ou não”, contou Emanuel, durante o segundo dia de julgamento de quatro réus acusados pela tragédia.
“O sentimento eu não sei, fato é que, quando deu o princípio de incêndio, não soou nenhum alarme, não estava clara a rota de saída de emergência e também não teve iluminação. Eu não tinha visualização nenhuma. Não lembro de ter visto extintor”, relembrou.
Fonte: Metropoles
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