Tragédia na Boate Kiss: julgamento de 4 réus começa em Porto Alegre - Opinião Manauara

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Tragédia na Boate Kiss: julgamento de 4 réus começa em Porto Alegre

Começa nesta quarta-feira (1º), em Porto Alegre (RS), o julgamento dos quatro réus acusados pelas mortes de 242 pessoas e tentativas de homicídio de outras 636 no incêndio da Boate Kiss, em Santa Maria. A tragédia ocorreu em janeiro de 2013.

As sessões iniciam todos os dias às 9h, no plenário do 2º andar do Foro Central da Capital. Estarão sentados nos bancos dos réus Elissandro Callegaro Spohr e Mauro Londero Hoffmann, sócios da boate, e Marcelo de Jesus dos Santos e Luciano Bonilha Leão, da banda Gurizada Fandangueira. O julgamento pode durar 15 dias. As sessões vão até as 23h.


O julgamento começa com o sorteio dos jurados que vão compor o Conselho de Sentença. No primeiro dia, o júri deve ouvir 14 sobreviventes.


A tragédia


No dia 27 de janeiro de 2013, a Boate Kiss, casa noturna localizada na Rua dos Andradas, no centro da cidade de Santa Maria, recebeu centenas de jovens para uma comemoração. No palco, havia dois shows ao vivo. O primeiro, de uma banda de rock. Depois, foi a vez da Gurizada Fandangueira, de sertanejo universitário. A casa estava lotada: entre 800 e mil pessoas. A boate tinha capacidade para 690 pessoas.


Segundo contou na época o guitarrista da banda Rodrigo Lemos, o fogo começou depois que um sinalizador foi aceso. Ele disse que os colegas de banda logo tentaram apagar o incêndio, mas o extintor não teria funcionado. Um dos componentes da bando, o gaiteiro Danilo Jaques, morreu no local.


Naquele dia, as faíscas atingiram o teto revestido de espuma. Em pouco tempo, o fogo se espalhou pela pista de dança e logo tomou todo o interior da boate. De acordo com os bombeiros, a fumaça altamente tóxica e de cheiro forte provocou pânico. Aí começou a tragédia.


Ainda sem saberem do que se tratava, seguranças tentaram impedir a saída antes do pagamento. Houve empurra-empurra. Alguns conseguiram deixar o local. Muitos que não conseguiram, desmaiaram, intoxicados pela fumaça. 


Outros procuraram os banheiros para escapar ou buscar uma entrada de ar e acabaram morrendo. Segundo peritos, o sistema de ar condicionado ajudou a espalhar a fumaça. Além disso, um curto-circuito provocado pelo incêndio causou uma explosão — 242 pessoas morreram.



Com informações da Agência Brasil

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