Dono de empresa preso pela Policia Federal continua recebendo pagamentos indenizatórios do governo Wilson Lima e atrasando salários de funcionários - Opinião Manauara

PUBLICIDADE

Últimas

Dono de empresa preso pela Policia Federal continua recebendo pagamentos indenizatórios do governo Wilson Lima e atrasando salários de funcionários



O empresário Rafael Garcia da Silveira, que já foi indiciado pela Comissão Parlamentar de Inquérito da Saúde na Assembleia Legislativa em 2020 por prestar serviços ao Estado com documentos falsos de capacidade técnica por meio da empresa Prime, além de ter sido preso em uma das fases da Operação Sangria, da Polícia Federal, continua prestando serviços ao Estado e recebendo por isso, inclusive em processos indenizatórios, já amplamente condenados pelas autoridades da fiscalização.


O Portal da Transparência do Governo do Amazonas indica pagamentos indenizatórios à empresa Proservice Serviços de Apoio à Gestão da Saúde Ltda, no valor de R$ 653.825,92 mil, pela contratação de auxiliares de serviços gerais. O dono da fornecedora é Silveira.


O pior é que auxiliares de serviços gerais terceirizados contratados pela empresa, que atuam no Hospital Francisca Mendes, estão sem receber há quatro meses, chegando ao quinto mês consecutivo. Os funcionários relataram que a empresa informou três datas para a regularização dos pagamentos dos salários, mas, descumpriu todas.  O último prazo foi dado em março/2022, referente somente ao vencimento de novembro/2021. O vale-transporte e o vale-alimentação estão há dois meses em atraso.


“Como é que esta empresa continua prestando serviços depois de uma CPI exitosa que indiciou, e a SES-AM desconsidera a recomendação desta Casa sobre os processos indenizatórios? Continua com o mesmo CNPJ, só mudou de nome, no intuito claro de ludibriar a fiscalização do Legislativo estadual. É uma afronta ao Parlamento, aos órgãos de controle e a sociedade”, ponderou o deputado Wilker Barreto (Podemos).


Gaúcho, Rafael era diretor e sócio da empresa Prime, contratada para prestar serviços de lavanderia no Hospital de Campanha Nilton Lins, durante a pandemia da Covid-19.  A Prime foi investigada por não ter enviado para análise diversos documentos, como atestado de aptidão técnica, nota fiscal ou nota de empenho. O contrato da Prime naquele período com o Governo do Amazonas era de R$ 538 mil em 90 dias de atividade no Nilton Lins. Durante a Operação Sangria da Polícia Federal, em 2021, Rafael chegou a ser preso.


Sobre o atraso no pagamento dos salários, Wilker Barreto questionou a atuação da empresa na saúde do Amazonas e cobrou explicações do secretário da SES-AM, Anoar Samad, à Casa Legislativa.


“Isso aqui é digno de convocarmos o secretário de saúde nesta Casa, o que é pretérito também tem que ser levado em consideração na gestão pública. Eu fico revoltado com esses trabalhadores que já têm salário pequeno e estão indo para o quinto mês sem receber, se a empresa não tem capacidade financeira, que o governo contrate outra”, afirmou o parlamentar.


Fonte: Blog do Hiel Levy 

Nenhum comentário