Remédios ficarão mais caros a partir de 1º de abril - Opinião Manauara

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Remédios ficarão mais caros a partir de 1º de abril

Câmara que anuncia o reajuste anual de remédios se reúne esta semana. Segundo a indústria, a alta deverá acompanhar o IPCA, que está em 10,89%





Remédios deverão ficar mais caros nos próximos dias. Nesta semana, a Câmara de Regulamentação do Mercado de Medicamentos (Cmed) divulga a nova tabela de preços, com data de vigência a partir de 1º de abril. De acordo com o Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma), a alta deverá ser de pelo menos 10%.


O reajuste deve acompanhar os índices inflacionários. O cálculo para os preços de medicamentos é feito anualmente pela Cmed. Segundo dados do IBGE, os valores de alimentos (23,15%) e transportes (22,28%) subiram bem mais do que os remédios no biênio.


No ano passado, as medicações sofreram elevação abaixo da inflação: 6,17%, ante os 10,06% acumulados pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPCA). Em 2020, ano de início da pandemia de covid-19, a inflação nos produtos chegou a ser negativa (-2,28%). Em 2022, o IPCA em 10,89% deverá servir de referência à projeção mínima de reajuste.


"É importante o consumidor pesquisar nas farmácias e drogarias as melhores ofertas dos medicamentos prescritos pelos profissionais de saúde. Dependendo da reposição de estoques e das estratégias comerciais dos estabelecimentos, aumentos de preço podem demorar meses ou nem acontecer", justifica Mussolini.


Em nota, a Sindusfarma afirmou que nenhuma empresa pode aumentar o preço máximo ao consumidor (PMC) de seus produtos sem autorização do governo. "Uma única vez a cada ano, os aumentos de custo de produção acumulados nos 12 meses anteriores podem ser incorporados ao preço máximo ao consumidor (PMC) dos medicamentos, a critério das empresas fabricantes, aplicando-se uma fórmula de cálculo criada pelo governo".


A unidade sindical destacou ainda que a cotação do dólar chegou a aumentar quase 40% no último biênio, enquanto custos com contratação de frete e seguros tiveram alta de 10% e gasto com embalagens, considerando a moeda norte-americana, 40%. No acumulado do ano passado e o anterior, a inflação geral somou 78,91%, ao passo que os preços de medicações variaram pouco menos de 56%, conforme o IPCA.


Expectativa


A bancária Tatiana Castro, de 47 anos, diz que um possível aumento de 10% é "absurdo" e deve impactar em muito seu orçamento. "É muita coisa. Eu faço uso de medicação controlada. Ao longo desses últimos anos, o preço vem aumentando muito, de forma bem desproporcional", relata.


"(O aumento) vai interferir muito no orçamento, porque a minha compra de remédio não é uma coisa de R$ 40, R$ 50. É em torno de uns mil reais, quase, por mês. Então interfere muito, R$ 100 é muita coisa", completou.




*Com informações Correio braziliense

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