‘Vamos para uma casa melhor, era um sonho’, diz beneficiária do Prosamin retirada do Igarapé do 40 - Opinião Manauara

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‘Vamos para uma casa melhor, era um sonho’, diz beneficiária do Prosamin retirada do Igarapé do 40

 

Com famílias retiradas da área de risco é possível avançar nas obras de requalificação urbana

 

Ter uma moradia digna, construída em uma área segura, era o sonho da feirante Gracilene dos Anjos, 56. Depois de seis anos enfrentando dificuldades de morar no entorno do igarapé, ela recebeu, no dia 16 de maio, indenização para a compra de um novo imóvel. A família de Gracilene está entre as 55 contempladas no último lote de pagamentos do Programa Social e Ambiental de Manaus e Interior (Prosamin+) para famílias que residiam em áreas de risco no Igarapé do Quarenta, e que estão em processo de reassentamento.
 
Os pagamentos, autorizados pelo governador Wilson Lima, totalizaram, neste lote, R$ 3,7 milhões em indenizações, bônus-moradia e auxílio-moradia. Gracilene, que mora com o filho, a nora e os netos, recebeu R$ 50 mil para comprar uma casa no bairro Compensa, zona oeste de Manaus.
 
Feliz por estar começando uma nova fase, ela lembra o período difícil na antiga moradia, agravado na época da subida dos rios. “A primeira dificuldade é quando tem enchentes. Tem jacaré, cobra, carapanã e o mau cheiro que a gente tem que suportar, quando o igarapé está cheio. Eu tenho netos pequenos, e esse é o medo também”, comentou.
 
A maior alegria de Gracilene e da família é, finalmente, morar com mais dignidade em uma rua asfaltada, distante dos riscos oferecidos pelas águas.

 

A gente vai sair daqui para morar em uma pista, longe do igarapé. Era um sonho. A gente vai para uma casa melhor, mais segura, e eu vou trabalhar mais tranquila, não vou ficar preocupada porque meus netos estão aqui e podem cair no igarapé, essa preocupação eu não vou ter mais”, comemorou a feirante.

 
Recomeço em família

O autônomo Brígido Bentes, 53, também retirado da área do Igarapé do Quarenta e indenizado com R$ 50 mil, vai morar com a família no bairro Cidade Nova, zona norte.


 
A cada ano era uma preocupação por causa da enchente. A minha intenção era dar moradia para os meus filhos e minha esposa, então nós passamos seis anos lá, foi muita luta. Quando veio esse projeto a gente se animou muito, minha mulher ficou muito feliz, eu, meus filhos”, disse Brígido. Ele, a esposa e os três filhos agora se preparam para um recomeço na casa própria. “Com esse dinheiro em mãos eu vou poder comprar a minha casa onde eu almejo mesmo, em um lugar seguro. Minha expectativa é essa, de dias melhores. Sou muito grato ao governador, espero vida boa daqui para frente. A gente merece”, comemorou o autônomo.
  
As famílias beneficiadas com o último lote moravam no trecho entre a avenida Costa e Silva (Silves) e a rua Maués, bairro Cachoeirinha, zona sul. Realizada pela Superintendência Estadual de Habitação (Suhab), a ação faz parte do processo de reassentamento de famílias de áreas de risco sob intervenção do Prosamin+. O programa é executado pela Unidade Gestora de Projetos Especiais (UGPE).

 


Isso é resultado de um compromisso que a gente havia assumido lá atrás, de continuidade do Prosamin nesta área. Estamos pagando essas indenizações e também estamos tocando aquelas obras. Agora com o início do verão amazônico vamos poder trabalhar com mais intensidade na região”, destacou Wilson Lima, durante a solenidade de pagamento, no Centro de Convenções Vasco Vasques.

 
Desde 2019, o Prosamin+ já retirou cerca de 1,4 mil famílias das áreas de risco de inundação e desabamentos nos igarapés do Quarenta, Mestre Chico e São Raimundo, o que corresponde a 7 mil pessoas.

 
O Governo do Amazonas, em três anos e cinco meses, já investiu R$ 66.592.282,37 para reassentamento 
de famílias beneficiárias do Prosamin+. Os recursos são financiados pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).

 
Requalificação urbana


Com esses benefícios pagos, a UGPE poderá avançar nas frentes de obras do Igarapé do Quarenta, que prevê requalificação urbana e viária que vão otimizar o trânsito da cidade.
 
No local, a UGPE realiza obra num trecho do igarapé entre as ruas Silves e Maués, que inclui a construção de duas vias para permitir a ligação mais rápida entre o Distrito Industrial e o Centro. Há ainda serviços de macro e microdrenagem, redes de coleta de esgoto, construção de novas áreas para prática esportiva e convívio social, assim como as reformas dos campos comunitários Betanhão e Noroeste.

 
FOTOS: Arthur Castro/Secom
  


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