Em novo julgamento, Carnaúba é condenado a 48 anos de prisão por chacina em presídio do AM - Opinião Manauara

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Em novo julgamento, Carnaúba é condenado a 48 anos de prisão por chacina em presídio do AM

A Justiça também condenou Marcos Paulo da Cruz a 32 anos de prisão, e absolveu Francisco Álvaro Pereira. Rebelião ocorreu em 2002.




Em novo julgamento, a 2ª Vara do Tribunal do Júri de Manaus condenou Gelson Lima Carnaúba a 48 anos de prisão, por envolvimento em rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus, que deixou 12 mortos, em 2002. 


Na mesma ação, a Justiça condenou Marcos Paulo da Cruz a 32 anos de prisão, e absolveu Francisco Álvaro Pereira.


O julgamento foi presidido pelo Juiz de direito Rosberg de Souza Crozara, iniciando na segunda-feira (26) e sendo concluído na madrugada desta quarta (28).


Os três já haviam sido julgados em 2011, quando foram condenados a mais de 100 anos de prisão. A sessão, no entanto, foi anulada pela 2ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e também pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) por quebra da incomunicabilidade dos jurados.


Segundo o Ministério Público, o massacre foi comandado por Carnaúba, teve duração de cerca de 13 horas. Um dos mortos era agente penitenciário, e os demais eram detentos da unidade prisional.


Condenação


Gelson Lima Carnaúba foi condenado por nove homicídios qualificados com a pena ficando em 48 anos de prisão em regime fechado.


Marcos Paulo da Cruz foi condenado por oito homicídios qualificados com a pena sendo dosada em 32 anos de prisão em regime fechado. Marcos responde ao processo em liberdade e assim vai continuar até o trânsito em julgado da sentença, conforme informou a Justiça.


Líder de facção


Além de participar desse caso, Carnaúba é apontado pelas investigações como um dos fundadores de uma facção criminosa amazonense que, antes de entrar em declínio, chegou a se tornar a terceira maior do país. Desde 2015, ele está detido em um presídio federal de segurança máxima.


A rota do Norte pela fronteira com Peru, Colômbia e Venezuela, como porta de entrada marítima de drogas e armas, foi utilizada pela organização criminosa para a realização de negócios com outras facções. O grupo, segundo a PF, tinha, ainda, contatos com políticos, advogados, vereadores e membros do poder público.


Em 2015, a facção foi foco da Operação La Muralla da Polícia Federal, quando foram cumpridos 127 mandados de prisão - entre eles o de Carnaúba.





Fonte: G1 Amazonas 

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