Dono do Big amigão é alvo da operação “Emboadas” por extração ilegal de ouro
O proprietário já foi preso no esquema de compra de respiradores em loja de vinho
A polícia federal deflagrou nas primeiras horas desta quarta-feira (20), a operação Emboadas na capital amazonense. A operação visa desmantelar organizações criminosas envolvidas em mineração ilegal de ouro. Uma unidade do ‘Big Amigão’ do proprietário, Cristiano Cordeiro, localizado no bairro cidade de Deus, Zona Norte da cidade, foi alvo das investigações.
Até o momento, as informações são de que a PF mira 15 alvos de grandes redes de supermercados. Entre eles, Big amigão e Nova Era.
Escândalos e desvio de dinheiro público envolvendo o proprietário Cristiano Cordeiro
A primeira vez que Cristiano Cordeiro, dono do Big amigão, se viu no centro de uma investigação foi durante a Operação “Saúva” em 2006. Nessa ocasião, ele foi condenado por seu envolvimento em um esquema de compras superfaturadas de alimentos.
A fraude abrangeu órgãos federais, estaduais e municipais, incluindo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Exército brasileiro, o Governo estadual e as prefeituras de Manaus e Presidente Figueiredo, no interior do estado. Cristiano da Silva Cordeiro foi considerado a “saúva-rainha” pela PF devido ao seu papel de destaque no esquema. Ele era o proprietário do grupo de empresas com maior movimentação no esquema, que incluía a Gold Distribuidora de Alimentos, a Norte Distribuidora, a Distribuidora Petrolina, a Global Logística e a Big Norte.
O esquema de superfaturamento comandado por Cordeiro envolvia a participação de diversas empresas que se uniam para fornecer gêneros alimentícios a órgãos públicos. As licitações eram fraudulentas e beneficiavam essas empresas, prejudicando o erário público.
Além disso, produtos vencidos e em condições impróprias para o consumo eram inseridos nas cestas básicas distribuídas aos ribeirinhos, afetando ainda mais a integridade das operações.
O nome de Cristiano da Silva Cordeiro voltou a figurar nas notícias recentemente, durante a Operação “Sangria” em 2020. Nesse caso, ele foi apontado como financiador de uma transação obscura envolvendo a compra de ventiladores mecânicos revendidos a preços superfaturados por meio da empresa FJAP e CIA LTDA, uma empresa de vinhos.
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