Governo do Amazonas garante recursos federais para controlar incêndios florestais e desmatamento até 2026 - Opinião Manauara

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Governo do Amazonas garante recursos federais para controlar incêndios florestais e desmatamento até 2026

Programa União com Municípios prevê repasse de cerca de R$ 34 milhões a nove cidades amazonenses consideradas prioritárias já no próximo ano



O Governo do Amazonas e o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) promoveram nesta quarta-feira (18/10) a primeira reunião de alinhamento em torno do novo programa federal União com Municípios, que terá investimentos de R$ 600 milhões do Fundo Amazônia para apoiar municípios de todo o país no controle de incêndios florestais e do desmatamento.


A reunião, na sede do Governo, bairro Compensa, zona Oeste de Manaus, foi conduzida pelo vice-governador Tadeu de Souza, que representou o governador Wilson Lima, na presença de prefeitos e secretários de Meio Ambiente das nove cidades do interior do estado inicialmente contempladas. A estimativa é de que o Amazonas poderá receber, a partir de 2024, até R$ 34 milhões na primeira das três etapas do programa.


Anunciado em setembro pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o União com Municípios terá como condição para a transferência de repasses a redução das taxas de queimadas e desmatamento, com base nos dados do sistema Prodes, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Os recursos federais deverão ser investidos em ações de regularização fundiária e ambiental e atividades produtivas sustentáveis.


É um programa instituído pelo Ministério do Meio Ambiente, em que quase 70 municípios foram qualificados como prioritários e, dentro desse total, nove estão no Amazonas. Nos próximos três anos, há a previsão de repasse de recursos da ordem de R$ 600 milhões. Nesse primeiro momento, 2023 e 2024, serão disponibilizados em torno de R$ 34 milhões aos nove municípios”, explicou o vice-governador.




Considerados prioritários no combate aos incêndios florestais e desmatamento, os municípios amazonenses incluídos na listagem inicial do MMA foram: Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Itapiranga, Lábrea, Manicoré, Maués e Novo Aripuanã. Completam a lista outros 60 municípios localizados nos estados do Acre, Mato Grosso, Pará, Rondônia e Roraima.


De acordo com Tadeu de Souza, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema) atuará junto aos municípios selecionados pelo programa para assegurar a redução dos indicadores. Segundo levantamento do MMA, entre janeiro e agosto deste ano, o Amazonas apresentou 64% de queda do desmatamento. Somente em agosto, o percentual foi ainda maior, chegando a 72% de redução no desmate.




A Secretaria de Meio Ambiente irá apoiar os municípios para eles terem a facilidade de ter esse recurso em mãos. De forma articulada e planejada, há previsão dos próximos quatro anos de haver recurso federal para fazer monitoramento de estiagem e de queimadas. Isso é importante para termos um esforço nacional de redução de desmatamento e, enfim, potencializar a monetização dos créditos de carbono”, declarou o vice-governador.


Próximos passos

Durante a reunião, o secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Territorial do MMA, André Lima, explicou as diretrizes do União com Municípios e apresentou o cronograma preliminar de implantação. Segundo ele, o investimento total nos municípios do Amazonas poderá alcançar a marca de R$ 150 milhões nos próximos quatro anos.


Em 2025, se a gente continuar reduzindo o desmatamento, isso pode aumentar para até R$ 50 milhões. Em 2026, pode chegar a R$ 60 ou R$ 70 milhões. Ou seja, no total pode chegar a R$ 150 milhões investidos nos municípios do Amazonas em três anos. É um recurso que vem ajudar nessa agenda da regularização ambiental fundiária, que é base para que a produção agropecuária da região se legalize”, afirmou o secretário.


O programa está integrado à 5ª fase do Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento da Amazônia Legal (PPCDAm). A partir da publicação da portaria federal com o detalhamento dos critérios e forma de adesão, prevista para o fim deste mês, a próxima etapa será realizar uma oficina técnica para adequar as metodologias à realidade de cada localidade.


Hoje foi uma excelente primeira reunião. Todos os presentes aqui, prefeitos e secretários de Meio Ambiente estão dispostos, interessados. Agora, nós vamos marcar uma oficina com os secretários de Meio Ambiente ainda em novembro para, até o final do ano, a gente começar a alavancar a execução desse programa”, disse o secretário extraordinário do MMA.


Diálogo 

Um dos presentes aos debates, o prefeito de Novo Aripuanã, Jocione Souza, assegurou a adesão do município ao programa federal. Para o gestor, o diálogo viabilizado pelo Governo do Amazonas junto ao Governo Federal é fundamental para que a população do interior participe ativamente da construção de políticas públicas em sintonia com suas reais necessidades.


Somos um estado continental que temos olhares do mundo inteiro sobre a floresta amazônica, os nossos rios, a nossa natureza de um modo geral. Mas aqui há povo. A população precisa viver e não quer a floresta desmatada. E nada melhor que o bom debate, a boa iniciativa do Governo Federal, a aliança do Governo do Estado, mas acima de tudo, convidar os municípios, nós, prefeitos, que estamos na ponta”, destacou o prefeito.


Estiveram presentes na reunião o diretor de ordenamento territorial do MMA, Marcelo Trevisan; o secretário estadual de Governo, Sérgio Litaiff; a secretária executiva adjunta da Sema, Fabrícia Moreira; os prefeitos de Lábrea, Gean Barros, e de Tapauá, Gamaliel Andrade; e representantes das prefeituras de Apuí, Boca do Acre, Canutama, Humaitá, Maués e Manicoré.


*FOTOS*: Ricardo Machado / Secretaria-Geral da Vice-Governadoria

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