Projeto de Arquearia Indígena é destaque no quadro ‘The Wall’ do Domingão com Huck
Para
realizar o sonho de construir um Centro de Treinamento de Arco e Flecha em uma
comunidade indígena na Amazônia, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) e os
arqueiros indígenas e irmãos, Graziela e Gustavo Santos, vão enfrentar a parede
do The Wall, quadro do programa Domingão com Huck, no próximo domingo, dia 18
de fevereiro. Representantes da instituição e dois atletas da região estarão
participando da edição em busca de apoio financeiro para construção do centro
que visa fortalecer o esporte entre jovens indígenas. Será mais um destaque
para o Amazonas em rede nacional de televisão.
A
Arquearia Indígena é um projeto coordenado pela FAS em parceria com a Federação
Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco). O objetivo é contribuir e apoiar
diretamente para a promoção e o fortalecimento da cultura, imagem e autoestima
das populações indígenas no Amazonas. Criado em 2013, os jovens indígenas já
ganharam 53 medalhas, sendo 34 nacionais e 19 internacionais. Do total, 20
foram medalhas de ouro, 17 de prata e 16 de bronze. Atualmente, o projeto tem
quatro atletas apoiados e está em busca de financiadores. “Foi um marco para a
minha vida e para os povos indígenas, pois eu fui a primeira indígena a
representar o Brasil em jogos pan americanos e campeonatos mundiais”, disse a
atleta Graziela Santos.
Segundo
a Globo, o The Wall tem alcance potencial de 35 milhões de pessoas e a
expectativa da FAS é de que, por meio desse destaque, seja possível alcançar
investimentos para apoiar jovens atletas indígenas que queiram desenvolver
práticas profissionais esportivas, unindo saberes tradicionais à maior
conquista da vida esportiva, as Olimpíadas. O programa inicia às 17h (horário
de Manaus) no canal da Globo (Rede Amazônica) e também pelo Globoplay.
A
meta é construir o Centro de Treinamento de Arco e Flecha, que custa R$ 400
mil, na comunidade Nova Kuanã, dentro da Reserva de Desenvolvimento Sustentável
(RDS) Puranga Conquista, no baixo Rio Negro. Em outubro, a equipe do programa
realizou gravações nessa comunidade, que fica na área rural de Manaus (AM). De
acordo com a supervisora de Agenda Indígena da FAS, Rosa dos Anjos, é simbólico
e estratégico construir um espaço profissional de treinamento dentro de uma
comunidade indígena, pois facilita a logística e os deixa próximos às suas
tradições e famílias.
“A
FAS atua nas comunidades dando voz às populações tradicionais, buscando saber
quais as suas necessidades, antes de iniciarmos um projeto em qualquer lugar. E
a proposta de construir o centro de treinamento dentro da comunidade indígena é
um desses pedidos dos próprios atletas. Lá, eles estão próximos aos seus
familiares, têm contato com a natureza, seus costumes. Além, é claro, de não
precisarem se deslocar para a capital para treinar, o que gera custos que nem
sempre eles conseguem manter”, explicou Rosa.
A
superintendente de Desenvolvimento Sustentável de Comunidades da FAS, Valcléia
Solidade, afirma que essa é uma oportunidade de mostrar a atuação da
instituição em cuidar das pessoas que cuidam da floresta.
“O
programa Domingão com Huck concede espaço para muitos trabalhos de grande
relevância no Brasil e mundo afora e estamos felizes em poder falar do trabalho
que realizamos há 16 anos. Ver a arquearia indígena recebendo esse destaque em
rede nacional é algo que nos deixa extasiados. Nossa intenção é sensibilizar
pessoas que têm interesse em investir no esporte e que vejam esses atletas como
futuras potências mundiais. A Grazi e o Gustavo que estiveram conosco no
programa são exemplos, indígenas de comunidades no Amazonas, que conquistaram
formação profissional e, hoje, concorrem em mundiais, com chances de chegar às
Olimpíadas”, enfatiza.
O
quadro do “The Wall” é caracterizado por uma dinâmica mista de perguntas e
respostas e sorte, onde os participantes, em dupla, precisam acertar questões
de conhecimentos gerais. Acertando as respostas, a parede fica verde, errando
as questões, a parede fica vermelha. Os participantes escolhem números de 1 a 7
na famosa parede para que as bolas sejam lançadas. Ao escolher os números, as
bolas caem em valores que vão de R$ 1 a R$ 150 mil. Na primeira fase, são duas
opções de respostas e a dupla joga junto. Já na segunda fase, um participantes
sobe para a cabine de isolamento e é responsável por responder as questões e o
outro fica no palco, sendo responsável por escolher os números para lançar as
bolas. Os participantes podem ganhar até R$ 1,7 milhão. O programa tem apoio da
empresa farmacêutica Cimed.
Apoie
a Arquearia Indígena
Pelo projeto, os
beneficiários recebem acompanhamento, instrução, avaliação, treinamento e
alimentação para crescer no esporte e disputar competições regionais, nacionais
e internacionais. E agora estão em busca de recursos para construir o seu
próprio centro de treinamento. As doações podem ser feitas no site da FAS, no
link https://fas-amazonia.org/
Saiba mais sobre a história
da Graziela Santos aqui https://youtu.be/mKllxfVszEM?
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