Operação estiagem: Wilson Lima anuncia licenças para dragagens de rios do estado a fim de garantir navegabilidade - Opinião Manauara

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Operação estiagem: Wilson Lima anuncia licenças para dragagens de rios do estado a fim de garantir navegabilidade

Para minimizar os impactos de uma estiagem severa, governador tem coordenado o planejamento de ações e ido a Brasília em busca de apoio do Governo Federal




O governador Wilson Lima anunciou, nesta quinta-feira (09/05), a emissão de licenças ambientais para a dragagem em quatro trechos de rios do Amazonas e destacou que o Governo do Estado tem agido de forma antecipada para minimizar os impactos da estiagem deste ano, cuja previsão é de que seja tão ou mais intensa quanto a de 2023.

 

“Estamos entregando as licenças ambientais, através do nosso Ipaam, para que efetivamente já esteja toda essa questão ambiental regularizada para que o trabalho (de dragagem) inicie o mais rápido possível. Já estive junto ao Governo Federal expondo a preocupação que nós temos com relação à estiagem desse ano, que deve ser muito severa”, informou Wilson Lima.

 

O trabalho de dragagem será feito pelo Governo Federal, por meio do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), com previsão de início imediato a partir da emissão das licenças. A dragagem atende um pleito do governador que desde o início do ano vem se reunindo com ministros de Estado, a exemplo dos ministérios de Portos e Aeroportos, de Integração e Desenvolvimento Regional e de Meio Ambiente e Mudança do Clima, solicitando apoio na antecipação de ações.

 

Nesta semana, em Brasília, Wilson Lima também se reuniu com representantes da Eletrobrás para tratar sobre a segurança energética, especialmente dos sistemas isolados de fornecimento de energia elétrica.

 

Dragagem

 

O serviço de dragagem consiste na retirada de sedimentos (como areias e outros materiais) do fundo dos rios para facilitar a navegação de embarcações e evitar que encalhem. Entre os trechos que receberam as licenças ambientais, emitidas pelo Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (Ipaam), estão: Manaus-Itacoatiara (rio Madeira); Codajás-Coari e Benjamin Constant-São Paulo de Olivença (rio Amazonas) e Benjamin Constant - Tabatinga (rio Solimões).

 

Estiveram no anúncio a deputada estadual Joana Darc; o presidente da Associação dos Municípios Amazonenses, Anderson Souza, que também é prefeito de Rio Preto da Eva; e secretários estaduais.

 

Na ocasião, o governador ressaltou o reforço em novas estruturas para abastecimento de água tratada no interior. Atualmente, o estado conta com 500 sistemas instalados em todo o Amazonas. Nesta quarta (08/05), 12 projetos para reforço dessas estruturas foram aprovados no Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) Seleções. Segundo a Defesa Civil Estadual, pelo menos 20 novas estruturas móveis devem ser usadas no período da seca.

 

Estiagem

 

O governador Wilson Lima reuniu na segunda (06/05), secretários de estado para alinhar ações de enfrentamento à estiagem prevista para este ano e a construção do plano de trabalho estadual para a questão e determinou que as secretarias atuem no planejamento prévio para minimizar os efeitos da estiagem, caso ocorra.

 

A Defesa Civil tem realizado desde o mês de janeiro reuniões com setores como indústria e comércio, poderes públicos, empresas de telecomunicações e concessionárias de água e energia para fornecer informações e coordenar ações de prevenção diante da possibilidade de outra severa estiagem em 2024.

 

“Estamos envolvendo toda a sociedade civil porque precisamos, de fato, adotar políticas públicas, mas também ações dentro de todo o âmbito para que o sistema funcione e consiga proteger a nossa população”, afirmou o secretário executivo de Defesa Civil, coronel Francisco Máximo.

 

Os níveis dos rios em todas as calhas do Amazonas estão abaixo do esperado para o período, se comparado a anos anteriores. A cota do rio Negro, nesta quinta-feira, por exemplo, chegou à marca de 25,67 metros. Em anos anteriores as cotas nesse mesmo dia eram de 27,44 metros (2023); 29,10 metros (2022) e 29,43 metros (2021).

 

Entre as ações consideradas urgentes, além da dragagem dos rios, estão a manutenção de portos e aeroportos; controle de qualidade do ar; soluções para acesso à água potável; e medidas que evitem o desabastecimento de combustíveis, comércios e comunicações.

 

Amazonas pelo Rio Grande do Sul

 

Wilson Lima também lançou, nesta quinta, a campanha solidária “Amazonas Pelo Rio Grande do Sul”, para arrecadar alimentos não perecíveis e água potável - duas das principais demandas do estado gaúcho - às vítimas das chuvas e enchentes, além de ração e medicamentos veterinários. As doações iniciam a partir de sábado (11/05), em Manaus, e vão até o dia 18/05. O que for arrecadado será transportado em carretas cedidas pela empresa Bertolini e seguirão de Manaus ao Rio Grande do Sul.

 

Também serão enviados três purificadores de água do programa Água Boa e, inicialmente, 30 mil copos de água da Companhia de Saneamento do Amazonas (Cosama).

 

Além disso, o Governo do Amazonas enviará, nesta sexta-feira (10/05), 15 profissionais do Corpo de Bombeiros especialistas em salvamento aquático, terrestre, atendimento de primeiros-socorrose salvamento em estruturas colapsadas.

 

A Defesa Civil também abrirá um canal para trazer aos amazonenses que moram no Rio Grande de Sul e que tenham interesse em retornar ao Amazonas. As necessidades de cada família serão avaliadas e informações estão no site www.paineldoclima.com.br.

 

*Fotos*: Diego Peres e Artur Castro / Secom

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