Carol Braz propõe criação de Centro de Referência da Pessoa com Deficiência - Opinião Manauara

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Carol Braz propõe criação de Centro de Referência da Pessoa com Deficiência

Em vídeo, defensora pública contou casos de mães que fizeram filhos autistas superarem despreparo do poder público e se formarem no ensino superior



No Dia do Orgulho Autista, celebrado nesta terça-feira (18), a defensora pública e pré-candidata a vereadora Carol Braz (MDB) defendeu, em vídeo publicado nas redes sociais, a criação de um Centro de Referência da Pessoa com Deficiência em Manaus, a exemplo de outros equipamentos públicos de atendimento a grupos com demandas específicas, como o Centro de Referência e Apoio à Mulher (Cream).


Pesquisa do IBGE de 2022 contabilizou que há mais de 250 mil pessoas com deficiência (PcDs) no Amazonas, sendo cerca de 120 mil na capital. De acordo com a defensora pública, a maior parte das famílias com PcDs carece do mínimo de orientação para buscar tratamento médico, atendimento psicossocial, assistência no acesso a benefícios e prerrogativas legais, entre outras formas de apoio e acolhimento.


No vídeo, a defensora licenciada para concorrer a uma vaga na Câmara dos Vereadores compartilhou a história de duas mães de filhos autistas que, por mais de uma vez, tiveram o acesso à educação negado por falta de preparo das estruturais educacionais. Ela conta que as próprias mães alfabetizaram as crianças, que hoje tem curso superior e trabalham em suas respectivas áreas profissionais.


“Uma das mães com quem conversei ontem tem uma filha autista qur foi expulsa de várias escolas. Passava dois meses numa escola, três meses em outra, até que os professores disseram pra mãe que a criança não tinha condição de se alfabetizar. A mãe então decidiu ela mesma ensinar a filha a ler e a escrever. Hoje, essa menina é estudante de direito e inclusive é estagiária da Defensoria Pública”, relatou Carol.


O segundo caso relatado pela defensora é bastante similar. A criança, diagnosticada com autismo, também rejeitada em várias escolas, e acabou sendo alfabetizada pela própria mãe. Mais tarde, o jovem se formou em Comunicação Social.


“São duas histórias que mostram a força dessas mães. Esse é o verdadeiro espírito do orgulho autista. Mas nós precisamos avançar na nossa sociedade. Treinar e qualificar esses professores. Eles deveriam ter alfabetizado essas crianças. Além disso, precisamos de um centro de referência. Se você recebesse hoje um diagnóstico de que seu filho tem alguma deficiência, ou que seu filho é autista, você saberia o que fazer?”, questiona Carol.

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