Endometriose: entenda as particularidades da doença que afeta milhões de mulheres brasileiras
Entenda como identificar os sintomas, quais os tratamentos disponíveis e a importância do diagnóstico precoce, segundo especialista da Hapvida
A endometriose é uma doença inflamatória ginecológica crônica que afeta cerca de 7 milhões de mulheres no Brasil, principalmente na fase reprodutiva, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O problema ocorre quando o tecido semelhante ao endométrio, que reveste o útero, cresce fora da cavidade uterina, atingindo órgãos como ovários, trompas, intestino e bexiga.
Apesar de ser comum, o diagnóstico ainda é um desafio: muitas mulheres levam entre 6 a 7 anos para obter a confirmação da doença, devido à semelhança dos sintomas com outras condições ginecológicas e intestinais.
Entre os sinais mais frequentes da endometriose, estão cólicas menstruais incapacitantes, dor durante a relação sexual (dispareunia), sangramentos intestinais ou urinários durante a menstruação, dificuldade para engravidar, fadiga e alterações intestinais (como diarreia ou prisão de ventre).
Nem todas as mulheres apresentam sintomas, o que torna o diagnóstico ainda mais complexo. Cerca de 20% a 25% dos casos são assintomáticos.
O tratamento pode ser clínico ou cirúrgico, a depender do estágio da endometriose e dos objetivos da paciente (como o desejo de engravidar). As abordagens são individualizadas, devem ser prescritas por especialistas e podem incluir o uso de anticoncepcionais ou terapias hormonais para bloquear a menstruação, medicamentos analgésicos e anti-inflamatórios, cirurgia por videolaparoscopia para remoção dos focos da doença e apoio psicológico, devido ao impacto emocional e social.
Nos últimos anos, a conscientização sobre a endometriose aumentou, o que levou a um crescimento no número de diagnósticos. Porém, ainda há muito desconhecimento sobre a condição, e muitas mulheres sofrem em silêncio.
Conforme dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), a endometriose afeta cerca de 10% das mulheres em idade fértil no mundo. No Brasil, esse número representa aproximadamente uma em cada dez mulheres.
A médica ginecologista Elis Akami, da Hapvida, reforça a necessidade de atenção aos sintomas e de um diagnóstico precoce. “A endometriose é uma doença que pode afetar profundamente a qualidade de vida da mulher. O diagnóstico precoce é fundamental para iniciar o tratamento adequado e evitar complicações como a infertilidade. Quanto mais cedo a paciente procurar ajuda médica, maiores são as chances de preservar a fertilidade e controlar os sintomas”, explica a especialista.
Como cuidar da saúde e prevenir complicações?
• Consulte regularmente o ginecologista, principalmente se tiver cólicas intensas ou dores pélvicas persistentes;
• Mantenha uma alimentação equilibrada e pratique atividades físicas;
• Busque apoio psicológico caso os sintomas afetem sua rotina e bem-estar emocional;
• Não ignore sintomas recorrentes como a dor que não deve ser naturalizada.
“A informação é o primeiro passo para o cuidado. Falar sobre a endometriose é essencial para quebrar tabus, acelerar o diagnóstico e melhorar a qualidade de vida de milhões de mulheres”, afirma a especialista da Hapvida.
Sobre a Hapvida
Com cerca de 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 69 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil.
Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir de 88 hospitais, 77 prontos atendimentos, 341 clínicas médicas e 291 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.
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