MPAM intensifica cerco contra crimes ambientais com Observatório Ambiental
Iniciativa, que será lançada oficialmente em breve, visa facilitar a identificação e responsabilização dos infratores
Aprimorar o monitoramento e a fiscalização de desmatamentos e queimadas ilegais no Amazonas. Esse é o objetivo do Observatório Ambiental, futura iniciativa do Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), que visa acompanhar, em tempo real, alterações na cobertura vegetal da região, facilitando a identificação e a responsabilização dos infratores.
Para isso, o MP, representado pelo Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Meio Ambiente, Patrimônio Histórico e Urbanismo (CAO-MAPH-URB), utilizará como base a tecnologia de georreferenciamento das plataformas Brasil MAIS e MapBiomas Alerta. Isso permitirá que o Observatório Ambiental — cujo lançamento ocorrerá em breve — atue de forma remota, monitorando vastas áreas de difícil acesso na Amazônia.
“Essa abordagem não só aumenta a eficiência da fiscalização, mas também reduz os custos operacionais e os riscos associados às operações de campo. Com dados precisos e atualizados, o MPAM poderá priorizar áreas críticas e agir de forma mais estratégica no combate aos crimes ambientais”, ressaltou o promotor de Justiça Carlos Sérgio Edwards de Freitas, coordenador do CAO-MAPH-URB, reforçando que, dessa forma, a atuação do parquet será estratégica e coordenada.
Operação
De acordo com o CAO-MAPH-URB, a partir da constatação da ocorrência de um crime pelo Observatório Ambiental, haverá o cruzamento de dados com bases oficiais, visando à identificação do responsável. Em seguida, haverá distribuição imediata à promotoria de Justiça com atribuição ambiental da localidade, para que as devidas providências sejam adotadas.
“Com o Observatório Ambiental, o MPAM reforça seu compromisso com a proteção do meio ambiente e com a promoção do desenvolvimento sustentável no Amazonas. A integração de tecnologias avançadas e a colaboração com plataformas especializadas representam um passo significativo na luta contra o desmatamento e as queimadas ilegais, contribuindo para a preservação da biodiversidade e o cumprimento das legislações ambientais”, finalizou o promotor Carlos Edwards.
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Texto: Lennon Costa
Foto: Divulgação/Polícia Federal
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