Programação sobre emergência climática na Amazônia reúne lideranças de MPs do Amazonas e Pará e Inpa em Manaus
Evento começou nesta quarta-feira e segue até sexta, como preparativo para a COP30
Reflexões e debates a respeito das mudanças climáticas na Amazônia, sob os vieses político, socioeconômico, socioambiental e fundiário, norteiam o evento “Emergência Climática na Amazônia: Diálogos para a COP30”, iniciativa dos Ministérios Públicos do Amazonas (MPAM) e do Pará (MPPA), que começou nesta quarta-feira (28/05) e segue até sexta-feira (30). Os encontros ocorrem no auditório da biblioteca do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), localizado na Av. André Araújo, bairro Petrópolis
Com palestras e mesas de discussão, o evento faz alusão à 30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP30), agendada para novembro, em Belém. O acesso é aberto ao público acadêmico, movimentos sociais, representantes do poder público e à sociedade em geral. Além da participação presencial, há transmissão simultânea pelo canal do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Ministério Público do Estado do Pará (Ceaf-MPPA) no YouTube.
A promotora de Justiça Aurely Freitas, chefe do Ceaf-MPAM, liderou a primeira mesa de discussão, com o tema “Injustiça Climática e Racismo Ambiental no Brasil: Diálogos para o Fortalecimento da Democracia a partir da Amazônia Brasileira”. Ela abordou temas como a necessidade de defender os direitos das populações tradicionais e dos povos originários diante das mudanças climáticas, bem como a importância do engajamento público em iniciativas de proteção ambiental e apoio às comunidades afetadas. “O aumento da temperatura, a ocorrência de eventos climáticos extremos, os períodos prolongados de seca, as enchentes, elas têm, sim, o condão de forçar essas populações a uma migração forçada”, ressaltou a promotora.
Nos demais dias do evento, os promotores de Justiça Timóteo Agabo Pacheco, Venâncio Antônio Castilhos de Freitas Terra e Karla Cristina da Silva Reis comporão, respectivamente, as mesas “Mudanças Climáticas e Conflitos Socioambientais na Amazônia Brasileira”, “Mudanças Climáticas e Conflitos Fundiários na Amazônia Brasileira: Panorama e Alternativas” e “Saberes, Tecnologias Sociais e Ancestrais, Saberes Acadêmicos e Iniciativas Inovadoras para o Enfrentamento da Injustiça Climática e do Racismo Ambiental na Amazônia”.
Neste primeiro dia de evento, também compuseram a mesa de honra a secretária-executiva de Estado de Meio Ambiente, Raquel Said; o coordenador do curso de Ciências Econômicas da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), professor Armando Clóvis Souza; a coordenadora do evento e professora da UEA, Girlian Silva de Sousa; o coordenador do Fórum das Águas, padre Sandoval Rocha; a presidente do Conselho Regional de Serviço Social do Amazonas (Cress-AM), Laurissana Maria Branco Camargo; a promotora de Justiça do MP do Pará, Renata Cardoso; e o representante da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Lindomar de Souza, além dos promotores de Justiça do MPAM empossados em 2024, como parte do curso de vitaliciamento.
Realização
O evento conta ainda com o apoio do Grupo de Estudos, Pesquisa e Extensão em Economia e Educação na Amazônia Brasileira (Gepeab), da Embrapa, do Conselho Regional de Economia (Corecon) e do Grupo de Estudos e Pesquisas sobre Desenvolvimento e Direitos Humanos (Gedha).
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Texto: Grazi Silva
Foto: Steven Conte
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