Amazonas conquista certificação internacional e entra na elite global da exportação de carne bovina - Opinião Manauara

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Amazonas conquista certificação internacional e entra na elite global da exportação de carne bovina

O selo abre as portas para o estado exportar a mercados mais exigentes, como União Europeia, China, EUA e Emirados Árabes




O Amazonas alcançou uma conquista histórica e estratégica, ao ser certificado como zona livre de febre aftosa sem vacinação, pela Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Esse reconhecimento internacional, que atesta que o estado está livre da doença, sem que seja necessário utilizar a vacinação como medida de controle, abre novas e importantes oportunidades para a exportação de carne bovina e seus derivados a mercados altamente exigentes, como União Europeia, China, Estados Unidos e Emirados Árabes Unidos. 


Em maio do ano passado, o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), por meio da Portaria n° 665, já havia reconhecido nacionalmente o Amazonas como livre da doença. Além de ampliar o acesso comercial, a certificação internacional impulsiona a competitividade do setor agropecuário do estado, conferindo maior valor agregado aos seus produtos. 




Essa conquista é resultado direto da gestão técnica e estratégica liderada pelo governador Wilson Lima, presidente estadual do União Brasil, que conduziu esse processo de qualificação sanitária e reposicionamento do Amazonas no cenário agropecuário nacional e internacional. 


Desde o início de sua gestão, em 2019, foram investidos mais de R$ 5,4 milhões em campanhas de vacinação, com a aquisição de 1,9 milhão de doses, estruturação de barreiras sanitárias e ampliação do monitoramento agropecuário em todas as regiões do estado.


O reconhecimento internacional foi oficializado no fim de maio, durante a 92ª Sessão Geral da OMSA, em Paris, e posiciona o Amazonas entre os poucos estados brasileiros com o mais alto status sanitário mundial, ao lado de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul e Rondônia. A partir de junho de 2025, todos os 62 municípios amazonenses estarão sob esse mesmo status, o que representa um avanço inédito para a política de desenvolvimento rural do estado.




“Essa certificação eleva o nosso estado a um novo patamar no cenário internacional. Deixamos de ser apenas consumidores para nos tornarmos fornecedores globais de proteína animal, com qualidade reconhecida. É uma mudança concreta que impacta a economia, gera empregos e projeta o Amazonas como referência em produção sustentável. O União Brasil tem atuado com foco, responsabilidade e visão de futuro para tornar esse avanço possível”, afirma o governador Wilson Lima.


Com a mudança de status sanitário, o valor agregado dos produtos aumenta significativamente, ao mesmo tempo em que se elimina uma das principais barreiras comerciais: a exigência de zonas livres sem vacinação. Para os mais de 22,6 mil pecuaristas ativos no estado, isso também representa uma expressiva redução de custos, uma vez que não será mais necessária a aquisição de vacinas contra a febre aftosa, contribuindo para o aumento da competitividade.


“Essa certificação é o resultado de uma política pública construída com visão estratégica e articulação técnica. É a agropecuária do Amazonas ganhando musculatura para conquistar o mundo, com o apoio sólido do União Brasil”, destaca o 2º vice-presidente estadual do partido, Marcellus Campêlo, que é titular da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano e Metropolitano (Sedurb).


A certificação foi viabilizada graças ao trabalho técnico integrado de órgãos como a Secretaria de Estado de Produção Rural (Sepror), da Agência de Defesa Agropecuária e Florestal (Adaf) e do Instituto de Desenvolvimento Agropecuário e Florestal (Idam), que garantiram os critérios de segurança, rastreabilidade e controle sanitário exigidos pelos organismos internacionais.


AVANÇOS CONTÍNUOS

A febre aftosa é uma doença que afeta bovinos, bubalinos, caprinos, ovinos e suínos, e a sua erradicação permite a abertura do livre comércio de animais, produtos e subprodutos, assegurando maior competitividade à agropecuária local. Porém, a trajetória do Amazonas até alcançar o reconhecimento internacional foi longa e marcada por avanços contínuos. 


Em 2004, por exemplo, o estado ainda registrava focos ativos da febre aftosa. Em 2017, o Amazonas foi declarado zona livre, mas com vacinação. Em 2020, já com as ações intensificadas pelo Governo do Estado, 13 municípios do sul e sudeste conquistaram o status de livres sem vacinação. Agora, todo o território estadual alcança o mais elevado padrão sanitário internacional.


Conforme dados do Idam, atualmente a região possui um rebanho de aproximadamente 2,7 milhões de bovinos e bubalinos, número que tende a crescer com a valorização dos produtos e a abertura de novos mercados internacionais. Com o selo da OMSA, o estado passa a ter acesso a países que antes não importavam carne de locais com vacinação, como Japão, Coreia do Sul e a própria União Europeia — que possuem alto potencial de retorno financeiro e critérios técnicos rigorosos.


“Não é apenas uma conquista técnica, é também uma afirmação da nossa capacidade de competir em alto nível. O selo da OMSA é também o selo de confiança no que o Amazonas representa hoje: um estado que pensa grande, age com responsabilidade e projeta o futuro com coragem”, pontua o 3º vice-presidente do partido, Sérgio Litaiff.


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*Foto*: Arquivos/Secom


 

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