Cheias dos rios aumentam risco de doenças no Amazonas - Opinião Manauara

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Cheias dos rios aumentam risco de doenças no Amazonas

Cuidados com a saúde durante o período é fundamental, afirma infectologista da Hapvida



Com a elevação do nível dos rios no Amazonas, aumentam também os riscos de surtos de doenças causadas pela exposição à água contaminada. Durante esse período, é fundamental que a população adote medidas de prevenção para evitar infecções, principalmente aquelas de transmissão hídrica, que se espalham em cenários de alagamentos e enchentes.


As cheias são um fenômeno sazonal no estado, ocorrendo anualmente entre os meses de março e julho. Esse ciclo natural afeta principalmente comunidades ribeirinhas e bairros localizados em áreas de várzea, causando inundações que comprometem o saneamento básico, o acesso a serviços de saúde e a qualidade da água consumida.


Dados

Segundo dados da Defesa Civil do Amazonas, o rio Negro atingiu 28,35 metros em junho deste ano, ficando acima da média histórica. Municípios como Anamã, Careiro da Várzea, Manacapuru, Itacoatiara e Parintins enfrentaram alagamentos significativos, com centenas de famílias atingidas. Em Manaus, diversos bairros das zonas Sul e Oeste registraram transbordamentos e tiveram casas parcialmente submersas.


De acordo com Dessana Chehuan, infectologista da Hapvida, as enchentes favorecem a proliferação de micro-organismos, principalmente em áreas onde o esgoto se mistura com a água das cheias. “A população fica exposta a micro-organismos como vírus, bactérias e parasitas que podem causar desde doenças gastrointestinais até infecções mais graves, como leptospirose e hepatite A.”


“A prevenção começa com o cuidado com a água e os alimentos. É essencial usar botas e luvas ao ter contato com a água das enchentes, evitar andar descalço, manter os alimentos bem armazenados e consumir apenas água tratada ou resfriada após fervura. Outro ponto importante é a vacinação, especialmente contra hepatite e tétano”, reforça a médica da Hapvida.


Doenças mais comuns

Entre as doenças mais comuns neste período estão a leptospirose, hepatite A, dengue, diarreia infecciosa, micoses e viroses respiratórias. Muitas delas têm sintomas semelhantes, como febre, dor de cabeça e dores no corpo, o que exige atenção e, em casos persistentes, busca imediata por atendimento médico.


Cuidados

Para reduzir os riscos, a orientação de saúde inclui cuidados simples, como lavar bem os alimentos, manter as mãos higienizadas, usar calçados fechados em áreas alagadas, evitar o contato com água parada, manter a vacinação em dia e, se possível, utilizar pastilhas de cloro ou filtros para purificação da água. A informação e a prevenção são as principais aliadas da população durante o período de cheia.


Sobre a Hapvida

Com cerca de 80 anos de experiência, a Hapvida é hoje a maior empresa de saúde integrada da América Latina. A companhia, que possui mais de 71 mil colaboradores, atende quase 16 milhões de beneficiários de saúde e odontologia espalhados pelas cinco regiões do Brasil.


Todo o aparato foi construído a partir de uma visão voltada ao cuidado de ponta a ponta, a partir de 87 hospitais, 78 prontos atendimentos, 351 clínicas médicas e 299 centros de diagnóstico por imagem e coleta laboratorial, além de unidades especificamente voltadas ao cuidado preventivo e crônico. Dessa combinação de negócios, apoiada em qualidade médica e inovação, resulta uma empresa com os melhores recursos humanos e tecnológicos para os seus clientes.

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