“Marginal da pior espécie”, dispara delegado sobre rapper Oruam
Felipe Curi afirma que Oruam tem ligação direta com o Comando Vermelho e será indiciado por diversos crimes após abrigar foragido em sua residência.
A paciência da Polícia Civil do Rio de Janeiro parece ter chegado ao limite. Após mais uma operação envolvendo o rapper Oruam, desta vez na noite de segunda-feira (21), o secretário da corporação, delegado Felipe Curi, fez duras declarações à imprensa, classificando o funkeiro como um “marginal da pior espécie” e prometendo indiciá-lo por crimes graves, incluindo associação ao Comando Vermelho.
“Ficou mais uma vez comprovado que esse elemento, esse marginal, bandido, associado diretamente a essa facção criminosa, em menos de seis meses, estava novamente abrigando marginais em sua residência. No mês de fevereiro, havia um elemento lá com mandado de prisão por organização criminosa, portando uma arma de fogo de uso restrito e com numeração raspada. E, nesta madrugada, outro elemento — ainda que menor de idade — com mandado de busca e apreensão, foragido da Justiça por ser considerado um dos maiores ladrões de veículos do estado do Rio de Janeiro e segurança pessoal do traficante Doca, chefe do Complexo da Penha, território dominado pela facção criminosa Comando Vermelho”, disse o delgado ao portal LeoDias, em tom indignado, ao comentar a operação em que um adolescente foragido da Justiça foi encontrado escondido na casa do cantor.
Reincidência e abrigo a criminosos
Segundo o delegado, esta não foi a primeira vez que Oruam acolhe criminosos ligados ao tráfico em sua residência. Em fevereiro deste ano, a Polícia já havia flagrado outro suspeito com mandado de prisão e portando uma arma com numeração raspada no mesmo local.
“Em menos de seis meses, ele estava novamente abrigando marginais em sua casa. Na madrugada desta segunda-feira, foi encontrado um menor de idade foragido da Justiça, com mandado de busca e apreensão, que é considerado um dos maiores ladrões de veículos do Estado e segurança pessoal do traficante Doca, chefe do Complexo da Penha”, afirmou o secretário.
Curi destacou que Doca é uma das lideranças da facção Comando Vermelho e que a relação do funkeiro com o grupo já é alvo de investigação há algum tempo.
“Se havia alguma dúvida de que o Oruam seria um artista periférico ou um marginal da pior espécie, hoje nós temos certeza absoluta de que se trata de um criminoso, um bandido da pior espécie, ligado diretamente à facção criminosa Comando Vermelho, da qual o pai dele, conhecido como Marcinho VP, é chefe à distância, mesmo estando preso em presídio federal e fora do estado”, disparou.
Ameaças à polícia e provocação durante a ação
Além de proteger criminosos, o comportamento de Oruam durante a operação também foi alvo de críticas do delegado. Em vídeos que circulam nas redes sociais, o artista aparece enfrentando os policiais com o celular em mãos, provocando o delegado Moysés Santana com frases como “me pega”.
Felipe Curi foi enfático ao comentar o episódio:“Ele fez ameaças diretas ao delegado Moysés e à equipe dele. Disse que era filho do Marcinho VP e que todos iriam arcar com as consequências. E logo depois foi se esconder no Complexo da Penha, território dominado pela facção chefiada pelo pai dele, como ele mesmo se referiu.”
Indiciamento e promessa de punição
O secretário afirmou que Oruam será formalmente indiciado por associação para o tráfico, ameaça, resistência qualificada, dano qualificado, tráfico de drogas e outros crimes. “Isso não vai ficar assim. A Polícia Civil está atuando com rigor e em breve concluiremos o inquérito policial. Oruam será responsabilizado criminalmente”, reforçou Curi.
A declaração do delegado marca uma escalada na resposta do Estado ao comportamento do artista, que já vinha sendo monitorado por supostos vínculos com o crime organizado.
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