Resultado da eleição da FEFF/UFAM é suspenso após falha técnica; comunidade questiona imparcialidade do processo - Opinião Manauara

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Resultado da eleição da FEFF/UFAM é suspenso após falha técnica; comunidade questiona imparcialidade do processo



A Faculdade de Educação Física e Fisioterapia da Universidade Federal do Amazonas (FEFF/UFAM) realizou, no dia 13, a consulta eleitoral para escolha dos cargos de direção, coordenação acadêmica e coordenação administrativa que irão compor a gestão da unidade pelos próximos quatro anos. A votação envolveu duas chapas: a Chapa 77, encabeçada pela professora de educação física Karla de Jesus, e a Chapa 27, liderada pela professora de fisioterapia Ayrles Silva. No entanto, o resultado foi suspenso devido a um erro da Comissão de Consulta Eleitoral (CCE) na apuração dos votos pela plataforma virtual utilizada. 


Diante do erro da CCE, foi apresentado um pedido formal de anulação total do processo eleitoral, sob a justificativa de falta de confiança na comissão responsável pela condução do pleito. Uma nova votação foi agendada para o dia 22 de outubro, com divulgação dos resultados no mesmo dia e homologação prevista para o dia 27. Apesar das declarações da comissão reafirmando a legalidade e transparência do processo, as críticas têm se intensificado dentro da comunidade acadêmica, especialmente em relação à representatividade entre os cursos envolvidos.


Segundo manifestações de integrantes da comunidade, há preocupações quanto à imparcialidade da condução do processo eleitoral na FEFF/UFAM. Um dos principais pontos levantados é o fato de a comissão ser presidida por uma professora vinculada ao curso de fisioterapia, o que, na visão de alguns, comprometeria o equilíbrio entre as áreas participantes. Também foram apontadas interferências na escolha da presidência da comissão, supostamente em desacordo com normas internas, além da ausência de paridade na composição entre representantes da educação física e da fisioterapia.


Já nesta quinta-feira (16), a Associação dos Docentes da Universidade Federal do Amazonas (ADUA) manifestou preocupação com a condução do processo eleitoral na FEFF/UFAM. Em nota pública, a entidade informou que está acompanhando atentamente a eleição para os cargos de diretoria, coordenação acadêmica e coordenação administrativa da unidade. A ADUA destacou que todo processo eleitoral deve seguir rigorosamente os trâmites legais e regimentais, com total transparência e respeito às normas institucionais, reafirmando seu compromisso com a defesa da educação pública e com a lisura do pleito.


Chapas


A disputa é protagonizada por duas chapas, compostas por docentes das áreas de educação física e fisioterapia, além de representantes da área administrativa. A Chapa 77, intitulada “Avante FEFF: Integrar e Reconectar Saberes”, é formada por Karla de Jesus, Kelly de Jesus e Ayrton Nascimento Pena. Karla e Kelly são professoras com formação em educação física e atuam em programas de pós-graduação voltados à saúde e ao desempenho humano. Ayrton, por sua vez, é graduando em engenharia da computação e representa o segmento técnico-administrativo da UFAM.


Já a Chapa 27, chamada “Juntos Somos Todos FEFF!”, é composta por Ayrles Silva Gonçalves Barbosa Mendonça, Rodrigo Ghedini Gheller e Marcela Augusta Ferreira Moraes. Ayrles tem formação em fisioterapia, Rodrigo é professor de educação física, e Marcela é formada em administração, atuando como técnica administrativa na universidade.


Irregularidades da comissão eleitoral


Conforme relatos de docentes da UFAM, o processo eleitoral tem sido marcado por uma série de irregularidades. Entre elas, destacam-se manifestações públicas de apoio a uma das chapas antes do início oficial da campanha, o que, segundo os professores, configura propaganda antecipada e compromete a imparcialidade de membros da comissão, que deveriam atuar como julgadores neutros.


Durante a apuração dos votos, foi identificado um erro grave: a mistura de votos das diferentes categorias, docentes, discentes e técnicos, contrariando o procedimento previsto e levando à suspensão do resultado. Na tentativa de corrigir o problema, um aditivo ao edital foi publicado, mas, de acordo com os apontamentos feitos por membros da comunidade acadêmica, ignorou prazos e regras previamente estabelecidas, agravando ainda mais a situação.


O caso segue em análise por instâncias superiores da universidade, que acompanham com atenção as denúncias e os desdobramentos do processo.


Texto: Jonathan Ferreira

Nota da Ascom Ufam


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