Justiça do AM revoga habeas corpus de médica investigada pela morte do menino Benício
Desembargadora aponta erro de competência na análise do pedido e derruba liminar que mantinha liberdade provisória da profissional.
A Justiça do Amazonas anulou, nesta sexta-feira (12), o habeas corpus que havia sido concedido à médica Juliana Brasil Santos, investigada pela morte do menino Benício em Manaus.
A decisão é da desembargadora Carla Maria Santos dos Reis, que entendeu que o pedido foi analisado pelo órgão errado dentro do Tribunal de Justiça.
De acordo com a magistrada, o recurso deveria ter sido apreciado inicialmente por um juiz de primeira instância, já que a própria defesa apontou o delegado responsável pelo inquérito como autoridade coatora.
Para a desembargadora, permitir que o pedido fosse julgado diretamente pela Câmara Criminal configuraria quebra da ordem prevista no Código de Processo Penal, que define uma sequência hierárquica para apreciação de habeas corpus.
Com o novo entendimento, foi derrubada a liminar do Juízo de Plantão, que havia garantido liberdade provisória à médica poucos dias após o caso vir a público. Juliana Brasil, que admitiu ter cometido um erro durante o atendimento embora sua defesa diga que a declaração foi feita sob forte abalo emocional, continua a responder ao inquérito em liberdade.
A técnica de enfermagem Raiza Bentes Paiva, responsável pela aplicação do medicamento, também segue investigada. Ambas já prestaram depoimento e estão à disposição da polícia.
O habeas corpus anterior, concedido em 27 de novembro pela desembargadora Onilza Abreu Gerth, baseou-se em critérios como colaboração da investigada, ausência de risco de fuga e falta de elementos que justificassem prisão preventiva antecipada.




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