Zona Franca completa 53 anos como o único projeto de economia para o Amazonas - Opinião Manauara

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Zona Franca completa 53 anos como o único projeto de economia para o Amazonas


Toda economia do Amazonas depende da Zona Franca. O Modelo neoliberal do Governo Bolsonaro é contra incentivos fiscais. A Grande parte da sociedade amazonense pensa que o modelo acabou.
Fundada pelo decreto 288/1967 ,no dia 28 de fevereiro de 1967, a Zona Franca de Manaus (ZFM) completa 53 anos de existência nesta sexta-feira, (28),cercada por um cenário de dúvidas. Representantes do setor empresarial e políticos, falam das incertezas, e responsabilizam a pauta liberal que vem sendo implantada pelo Governo Bolsonaro, através do ministro da Economia, Paulo Guedes, que defende a redução de incentivos fiscais.
Durante cinco décadas, graças ao modelo, o Amazonas se tornou um dos centros industriais mais importantes do País. A ZFM colocou Manaus entre as sete capitais mais ricas do país com um PIB superior a R$ 100 bilhões.

Atualmente, mesmo com a garantia constitucional que dá direito à ZFM a mais 53 anos (até 2073) seu futuro ainda é incerto. Há inseguranças jurídicas e a luta política contra estados, como São Paulo, que há muito tempo tenta acabar com os incentivos fiscais do projeto.


Em meio a esse cenário, o Vice-Presidente da Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (FIEAM), Nelson Azevedo, destaca a importância do modelo Zona Franca de Manaus.

“É possível imaginar o Amazonas, especialmente sua capital Manaus, sem a Zona Franca de Manaus? Temos um polo industrial com produtos de alta tecnologia, empregando quase 100 mil pessoas diretamente. Mantemos praticamente intacta nossa cobertura vegetal original. E com isso ajudamos a distribuir água para abastecer os reservatórios do Sudeste nacional. Por esses e outros dados, a ZFM é o maior acerto fiscal da história da República. As pessoas que nos atacam se recusam a conhecer os benefícios que oferecemos para a sociedade brasileira com apenas 8% da contrapartida fiscal nos gastos tributário do Brasil”, afirma.

O presidente do Centro das Indústrias do Estado do Amazonas (CIEAM), Wilson Périco, destaca como positivo a presença do presidente Jair Bolsonaro em atividades da Suframa mas também manifesta preocupação.

“Tivemos a presença do Presidente da República por duas vezes em 4 meses, participando da reunião do CAS, que demonstra o resgate da representatividade da Suframa, mas há os críticos que são contra a Zona Franca que dizem ser a ZFM um peso para o Brasil. É o contrário. Ela é extremamente benéfica para o País. Só em São Paulo geramos mais de 200 mil empregos diretos e indiretos. Nós possibilitamos contrapartidas econômicas e sociais que são de extrema relevância para nossa região e o País”, disse.

Políticos chamam atenção para riscos do momento
Em uma entrevista exclusiva ao Portal Único o senador Omar Aziz chamou a atenção na segunda-feira (24) para os riscos que a Zona Franca enfrenta e propôs, entre outras coisas, que o governo Wilson Lima recorra ao STF, contra o decreto de Bolsonaro sobre o IPI dos concentrados de refrigerantes.
Na avaliação do deputado estadual Serafim Corrêa (PSB), o principal modelo econômico do Amazonas não tem muito o que comemorar em 2020.

A Suframa completa 53 anos, mas é um momento em que não temos muito o que comemorar. Ataques constantes e insegurança jurídica total. Eu torço e luto e participo dessa luta há muito tempo para que ela volte a ser aquela Suframa com poderes de antigamente que ela tinha o poder de decisão. E não ficávamos submissos eternamente aos comandos de Brasília. É hora de união e esforços de todos nós no sentido de fazermos esse resgate”, afirmou.

Atualmente a estimativa oficial é de que existem 600 indústrias na Zona Franca de Manaus, que comercializam diversos tipos de produtos químicos, eletrônicos, informáticos, entre outros.
Fonte: Portal Único 

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