Atentado contra o Ibama no AM foi motivado por vingança, diz superintendente da Polícia Federal
Em janeiro, dois helicópteros do órgão, que estavam estacionados no Aeroclube de Manaus, foram incendiados.
A Polícia Federal prendeu seis pessoas envolvidas no crime. O empresário Aparecido Naves Júnior foi identificado como mandante do crime, de acordo com a Polícia Federal. Ele foi preso na quarta-feira (2), em um condomínio de luxo de Goiânia (GO).
Um dos intermediários é Wisney Delmiro, que nas redes sociais se apresenta como produtor de eventos, explicou o superintendente da Polícia Federal, Leandro Almada:
"Nós identificamos ele como sendo o ponto de contato entre os executores materiais, os incendiários, e o autor intelectual, o mandante. Eles que mantiveram esse contato, inclusive, já se conheciam daqui de Manaus e de Roraima. Foi ele que efetivou o pagamento".
A Policia Federal afirma que cinco suspeitos confessaram participação no ataque aos helicópteros do Ibama. Três deles reconheceram o mandante que, em depoimento, preferiu ficar em silêncio. A motivação do crime, segundo a PF, foi vingança.
Uma represália às ações do órgão ambiental contra o garimpo ilegal em terras indígenas dos ianomâmis em Roraima.
"O autor intelectual teve aeronaves e equipamentos destruídos por ação de fiscalização no ano passado. O fato é que a gente colheu vários indícios e provas do efetivo envolvimento dele, inclusive reconhecimento pelos demais e outras provas técnicas que no decorrer do processo vão ser colocadas dentro do inquérito policial", disse Almada.
No segundo semestre do ano passado, agentes da PF e do Ibama destruíram 21 aeronaves na região - todas elas associadas ao garimpo.
A defesa de Wisney Delmiro informou que só vai se manifestar depois de ler o inquérito.
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