Um dos presos na operação de youtuber atropelou e matou pedestre
Um dos alvos da megaoperação da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) que desarticulou uma associação criminosa interestadual voltada à prática de jogo de azar e lavagem de dinheiro, é Vinícius Couto Farago, indiciado por homicídio doloso por atropelar e matar Matheus Menezes, de 25 anos.
O crime aconteceu em janeiro e Vinícius fugiu do local do acidente sem prestar socorro. Na mesma operação, os investigadores prenderam o youtuber brasiliense Kleber Moraes, o Klebim.
A Operação Huracán, deflagrada na manhã desta segunda-feira (21), resultou na prisão de quatro pessoas. Além do youtuber e empresário Kleber Rodrigues de Moraes, conhecido como Klebim e apontado como o chefe de uma associação criminosa interestadual que praticava jogo de azar e lavagem de dinheiro, foram presos Pedro Henrique Barroso Neiva, 37 anos, Vinícius Couto Farago, 30, e Alex Bruno da Silva Vale, 28 anos.
Os quatro são sócios na EstiloDub Shopping, empresa fundada em 30 de agosto de 2021 e alvo de investigação da Polícia Civil do DF.
De acordo com a investigação policial, Klebim tem outras duas empresas: EstiloDub e EstiloDub Consultoria e Publicidade. Esta última "se denomina influenciadora digital" e tem movimentação financeira "superior à capacidade financeira declarada", informa o relatório.
Operação Huracán
O grupo foi preso durante a Operação Huracán, da DRF/Corpatri (Divisão de Repressão a Roubos e Furtos, da Coordenação de Repressão aos Crimes Patrimoniais). Os mandados de prisão e de busca e apreensão foram cumpridos em Águas Claras, no Guará e em Samambaia.
Segundo a investigação, o grupo atuava desde 2021 no sorteio de veículos por meio de rifas. As investigações mostram que eles faziam a lavagem do dinheiro com empresas de fachada e testas de ferro, que são pessoas que emprestam o nome ao grupo.
As investigações revelaram também que o grupo era liderado por Klebim. Ele tem quase 4 milhões de seguidores nas redes sociais: são 1,4 milhão na página pessoal do Instagram, 1,3 milhão na página da empresa EstiboDub e 1,27 milhão no canal da empresa no YouTube.
Pelas redes sociais, Klebim promovia rifa de veículos de forma proibida. Os veículos eram preparados com rodas, suspensão e som especiais e as rifas eram anunciadas no sítio eletrônico dfrifas.com.br.
"O dinheiro das rifas ilegais era lavado em empresas de fachada e depois utilizado na aquisição de veículos e propriedades de alto luxo. O ajuste criminoso era estável e capitaneado por 'influenciadores digitais', que arrastavam milhares de seguidores com o falso discurso de legalidade das rifas de veículos", detalha Fernando Cocito, diretor da DRF.
*Com informações R7
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