Chefe é exonerado 5 dias após enviar PMs ao interior do AM; policiais foram detidos por suspeita de pirataria - Opinião Manauara

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Chefe é exonerado 5 dias após enviar PMs ao interior do AM; policiais foram detidos por suspeita de pirataria



O Secretário Executivo Adjunto de Operações Integradas do Amazonas, Douglas Araújo Moura, foi exonerado na terça-feira (12). Foi ele quem assinou a ordem de missão que mandou cinco policiais de Manaus para Japurá. O grupo, no entanto, foi detido em Maraã por suspeita de pirataria.


Conforme questionado pelo G1 nesta sexta-feira (15), a Secretaria de Segurança Pública (SSP-AM) para saber se a exoneração tem a ver com o caso dos PMs detidos, e aguarda resposta.


Douglas Araújo Moura assinou o envio dos policiais a Japurá no dia 7 de julho. Os PMs foram detidos em Maraã três dias depois, no sábado (9). 


Já o decreto de exoneração de Moura foi assinado na terça (12), cinco dias após ele autorizar o envio do grupo ao interior do Amazonas. Porém, o Diário Oficial do Estado (DOE) que traz a decisão foi publicado somente na quinta-feira. Heber Ribeiro dos Santos foi nomeado para a vaga.


PMs detidos em Maraã


Segundo o advogado dos PMs detidos, Lucas Azevedo, os policiais saíram de Manaus com destino a Japurá, para atuar no patrulhamento da cidade, após uma confusão generalizada terminar na morte e carbonização de um homem no município.


issão teria sido emitida pela Secretaria Executiva Adjunta de Operações Integradas, que integra a estrutura da Secretaria de Segurança Pública do Estado (SSP-AM). A reportagem teve acesso ao documento, que mostra que Moura, de fato, assinou a ordem.

Segundo o advogado, no trajeto Manaus-Japurá, a lancha usada pelos policiais apresentou problemas em diversos trechos, inclusive em Maraã, onde o grupo precisou parar para o conserto da embarcação.


"A lancha da SSP começou a apresentar pane de funcionamento do motor a partir da saída [de Manaus]. Apresentou pane acima de Coari, em Tefé e, por último, já no final da tarde de sábado (9), apresentou pane em Maraã. Foi então que decidiram parar, foram atrás de alguém que consertasse o motor. Como não encontraram, eles pararam, guardaram a lancha no porto e decidiram pernoitar no município", disse o advogado.


Quando os PMs chegaram ao hotel, o comandante da Polícia Militar de Maraã foi até o local e disse que os policiais precisariam ir até o Batalhão da Polícia Militar de Tefé, pois havia uma suspeita de que os homens estavam envolvidos em pirataria.


"É importante ressaltar que não foram ouvidas testemunhas sobre eles estarem envolvidos em atividade de pirataria, em extorsões, em nenhum tipo de crime que seja. Não houve flagrante e nenhum produto de crime foi apreendido com eles. O que pode ter ocorrido é que a população tenha tido má impressão da guarnição", afirmou Lucas Azevedo.


Diante da ordem do comandante, os policiais militares foram encaminhados para Tefé, onde foram abertos dois inquéritos policiais. "Ao chegarem em Tefé, foi instaurado um inquérito policial pela Polícia Civil e outro pela própria Polícia Militar. Eles foram ouvidos nesses dois procedimentos", informou o advogado.


Após os procedimentos, o grupo foi liberado para voltar a Manaus, mas uma investigação foi aberta para apurar a conduta dos policiais.





*Com informações G1 AM

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