Traficantes obrigam moradores a pagar taxa de segurança que variam de R$ 20 a R$ 500 - Opinião Manauara

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Traficantes obrigam moradores a pagar taxa de segurança que variam de R$ 20 a R$ 500

Quem não concorda em quitar as mensalidades estão sofrendo represálias: como agressões físicas e até de serem expulsos de suas casas. 



Na tentativa de aumentar o poderio bélico, traficantes da comunidade Boog Woogie, na Ilha do Governador, Zona Norte do Rio, têm usado de táticas antes oriundas da milícia, segundo denúncias de moradores e comerciantes. Eles afirmam que estão sendo obrigados a pagarem taxas de gás, "gatonet" e até de segurança.


Quem não concorda em quitar as mensalidades estão sofrendo represálias: como agressões físicas e até de serem expulsos de suas casas.


O responsável por impor essas cobranças, segundo as denúncias, seria o traficante Fábio Corrêa de Andrade, conhecido como Neguinho.


Além da exploração de taxas ilegais de gás, segurança, sinal de TV a cabo clandestina, Neguinho também teria aumentado o valor dos "cabritinhos" - transporte alternativo que roda dentro da favela - e o preço de uma marca de cigarro falsificado que ele permite que seja comercializado na localidade.


De acordo com algumas testemunhas, alguns moradores da comunidade teriam sido expulsos por não aceitarem pagar taxas para os traficantes.


Nas redes sociais é comum traficantes postarem vídeos armados dentro da comunidade.


Atualmente, o tráfico estaria cobrando entre R$ 50 e R$ 60 para a instalação do 'gatonet' e cerca de R$ 40 mensais para a manutenção do sinal. Além disso, os bandidos cobrariam entre R$ 20 e R$ 500 de taxa de segurança de comerciantes locais. O preço varia de acordo com o estabelecimento.


Fábio Corrêa seria um dos últimos remanescentes da quadrilha do traficante Fernando Gomes de Freitas, o Fernandinho Guarabu, chefe do tráfico do Morro do Dendê, e que acabou sendo morto em 2019 durante uma operação da Polícia Militar.



No entanto, Neguinho segue foragido.


A Polícia Civil foi procurada para saber se existe alguma investigação na 37ª DP (Ilha do Governador) sobre o caso. No entanto, a instituição não respondeu aos questionamentos da reportagem.



*Com informações G1

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